A noção de processo: Hegel e a metafísica contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.22370/rhv2021iss18pp27-44Palabras clave:
substância, processo, lógica hegeliana, Heráclito, metafísica dos processos, Lições sobre a história da filosofiaResumen
Neste artigo, destacarei algumas possíveis contribuições da filosofia hegeliana no debate contemporâneo em torno das metafísicas dos processos. No debate metafísico contemporâneo, as metafísicas dos processos representam uma tentativa de destacar os limites do paradigma filosófico tradicional, que tem como base a noção de substância, e de trabalhar dentro de um paradigma alternativo, que tenha como base a noção de processo. O que existe, então, não são substâncias, substratos, objetos fixos e estáveis caracterizados por determinadas propriedades, mas são processos, eventos, ocorrências. A ideia principal das metafísicas dos processos é que o ser é dinâmico e essa natureza dinâmica deve ser o foco principal de qualquer explicação filosófica abrangente da realidade. Frente a essa revolução, é necessário definir a própria noção de processo. De fato, esse trabalho de clarificação conceitual da noção fundamental desse novo paradigma filosófico está ainda em curso. A minha ideia é que a filosofia hegeliana pode oferecer algumas indicações relevantes para cumprir essa tarefa. Nesse sentido, o artigo será dividido em duas partes nas quais, a partir da análise de algumas definições da noção de processo no debate contemporâneo sobre a metafísica dos processos, mostrarei: 1) a necessidade de determinar a estrutura ontológica mínima da noção de processo; 2) a possibilidade de determinar essa estrutura a partir de algumas ferramentas conceituais presentes na lógica hegeliana e de algumas indicações nas Lições sobre a história da filosofia.
Descargas
Citas
Bordignon, Michaela (2020a). A Crítica de Hegel à Noção de Substância e o Debate Contemporâneo sobre a Metafísica dos Processos. En A. Bavaresco, D. Ferrer, F. Orsini, M. Bordignon, C. Iber (Eds.), A Autobiografia do Pensamento. A Ciência da Lógica de Hegel, pp. 279-296. Porto Alegre: Editora Fundação Fênix. https://dx.doi.org/10.36592/978-65-87424101
Bordignon, Michaela (2020b). A noção hegeliana do universal concreto e a metafísica dos processos. En A. Bavaresco, R. P. Tassinari, M. M. Magalhães (Eds.), Hegel e a Contemporaneidade, pp. 193-211. Porto Alegre: Editora Fundação Fênix.
Chiereghin, Franco (2011). Rileggere la Scienza della logica di Hegel: ricorsività, retroazioni, ologrammi. Roma: Carocci.
Ferrarin, Alfredo (2001). Hegel and Aristotle. Cambridge: Cambridge University Press.
Hagen, Holger (2016). Die Logik der Wirklichkeit: eine Entwicklung vom Absoluten bis zur Wechselwirkung. En A. Arndt, G. Kruck (Eds.), Hegels “Lehre vom Wesen”, pp. 129-158. Berlin, Boston: De Gruyter.
Halbig, Christoph (2004). Ist Hegels Wahrheitsbegriff geschichtlich? En B. Merker, G. Mohr, M. Quante (Eds.), Subjektivität und Anerkennung, pp. 32-46. Paderborn: Mentis.
Harris, Errol E. (1986). The contemporary significance of Hegel and Whitehead. En G. Lucas (Ed.), Hegel and Whitehead. Contemporary Perspectives on Systematic Philosophy, pp. 17-28. New York: SUNY Press.
Hegel, Georg Wilhelm Friedrich (1971). Vorlesungen über die Geschichte der Philosophie I. Frankfurt am Main: Suhrkamp.
Hegel, Georg Wilhelm Friedrich (1981). Wissenschaft der Logik Bd. 2. Die subjektive Logik (1816). Hamburg: Meiner.
Hegel, Georg Wilhelm Friedrich (1986). Vorlesungen über die Geschichte der Philosophie II. Frankfurt am Main: Suhrkamp.
Hegel, Georg Wilhelm Friedrich (2016). Ciência da lógica: 1. A doutrina do ser. Rio de Janeiro: Vozes.
Hegel, Georg Wilhelm Friedrich (2018). Fenomenologia do Espírito. Rio de Janeiro: Vozes.
Houlgate, Stephen (2006). The opening of Hegel’s logic: from being to infinity. West Lafayette, IN: Purdue University Press.
Iber, Christian (2003). Übergang zum Begriff Rekonstruktion der Überführung von Substantialität, Kausalität und Wechselwirkung in die Verhältnisweise des Begriffs. En A. F. Koch, A. Oberauer, K. Utz (Eds.), Der Begriff als die Wahrheit: Zum Anspruch der Hegelschen “Subjektiven Logik”, pp. 49-66. Paderborn: Ferdinand Schöningh.
Inwood, Michael (1984). Hegel, Plato and Greek Sittlichkeit. En Z. A. Pelzynski (Ed.), The State and Civil Society (Studies in Hegel’s Political Philosophy), pp. 40-54. Cambridge: Cambridge University Press.
Michelini, Francesca (2004). Sostanza e soggetto. La funzione di Spinoza nella “Scienza della Logica” di Hegel. Bologna: EDB.
Nuzzo, Angelica (2018). Approaching Hegel’s Logic, Obliquely: Melville, Moliere, Beckett. New York: SUNY Press.
Orsini, Federico (2018). O problema da substância na Doutrina da Essência (1813) de Hegel. Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 23(2), 81-104.
Rescher, Nicholas (1996). Process Metaphysics: An Introduction to Process Philosophy. New York: SUNY Press.
Rescher, Nicholas (2000). Process Philosophy: A Survey of Basic Issues. Pittsburgh, Pennsylvania: University of Pittsburgh Press.
Seibt, Johanna (2005). Process ontology. München: Philosophia Verlag.
Seibt, Johanna (2017). Process Philosophy. Stanford Encyclopedia of Philosophy. https://plato.stanford.edu/entries/process-philosophy/
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista de Humanidades de Valparaíso

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cual estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons (CC BY-NC-ND 4.0 International) que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación esta revista.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).