Biomimética e arte: transduções com a biologia

Autores/as

  • Rosangella Leote Universidade Aberta, Lisboa, Portugal / FAPESP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22370/rhv2021iss18pp225-243

Palabras clave:

artificação, biomimética, comportamento, hibridismo, mimese, multisensorialidade

Resumen

Neste artigo abordo o conceito de Biomimética, o qual vem sendo usado em vários campos, desde a nanotecnologia até a robótica aparecendo nos materiais inteligentes e na inteligência maquínica, para finalidades diversas, inspiradas em processos e organismos naturais. A aplicação principal da Biomimética tem sido produzir artefatos e ideias a partir do que podemos conhecer sobre o que a natureza já fez. Enquanto a mimese foi afastada do vocabulário da Arte, as obras de alguns artistas ainda se apresentam cheias de possibilidades que interessa discutir sob o conceito de Biomimética, se não for de mimese. Muitos artistas têm se dedicado ao desenvolvimento de obras com poéticas de hibridização e mimetismo. Até que ponto eles se aproximariam da Biomimética? Como exemplos, são trazidos Walmor Corrêa, Patrícia Piccinini, Liu Xue, Berlinde De Bruyckere, Alessandro Boezio, Joan Fontcoberta e Pere Formiguera. Tal discussão é ponto de partida para a apresentação do projeto “VIRIDIUM”, no qual me dedico ao desenvolvimento de robôs semiautônomos e translúcidos, impressos em 3D. A base poética é a possibilidade que a natureza tem em se hibridizar e evoluir, espontaneamente, assim como ser hibridizada por manipulação genética. Proponho o desenvolvimento de objetos/seres não existentes na natureza, mas que remetem a formas e simulam comportamentos daqueles que habitam o mundo, nos diferentes reinos naturais. Descrevo a primeira etapa do projeto, a qual está no reino Plantae (também conhecido como Metaphyta). Além dos conceitos de Biomimética e Evolução Darwiniana, abordo o conceito de Artificação, como possível modelo de entendimento do processo poético, tanto em “VIRIDIUM”, quanto nas obras dos artistas elencados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Amundson, R. (2014). Charles Darwin’s reputation: how it changed during the twentieth century and how it may change again. Endeavour, 38(3-4): 257-267.

Benyus, J. (2007). Biomimética: inovação inspirada pela natureza. São Paulo: Editora Cultrix.

Brown, S., Dissanayake, E. (2009). The arts are more than aesthetics: Neuroasthetics as narrow aesthetics. In M. Skov & O. Vartanian (Eds.), Neuroaesthetics. New York: Baywood.

CCBB de São Paulo (2016). ComCiência – Patricia Piccinini. São Paulo: Ministério da Cultura e Banco do Brasil apresenta.

Couchot, E. (2003). A segunda interatividade. In D. Domingues (Ed.), Arte e vida no século XXI: tecnologia, ciência e criatividade. São Paulo: UNESP.

Darwin, C. (2010). A origem das espécies. São Paulo: Publifolha.

Dissanayake, E. (2009). The Artification Hypothesis and Its Relevance to Cognitive Science, Evolutionary Aesthetics, and Neuroaesthetics. Cognitive Semiotics, (5), pp. 136-158. https://doi.org/10.1515/cogsem.2009.5.fall2009.136

Goedert, M. L., Paula Filho, P. L., Blanco, D. R. (2017). Computação natural: conceitos e aplicações da computação inspirada na natureza. Revista Espacios, 38(34), 31.

Haider, N. (2018). A Brief Review on Plant Taxonomy and its Components. Journal of Plant Science Research, 34(2), 275-290. https://doi.org/10.32381/JPSR.2018.34.02.17

Holmes, D. P., Crosby, A. J. (2007). Snapping surfaces. Advanced Materials, 19(21): 3589-3593

Leote, R. (2015). ArteCiênciaArte. São Paulo: Editora UNESP.

Leote, R. (2019). Viridis: Lux castellum. Em Priscila Arantes e Vítor J. Sá (Eds.), ARTECH 2019: Proceedings of the 9th International Conference on Digital and Interactive Arts, pp. 1-3. New York: Association for Computing Machinery.

Maturana, H., Varela, F. (1997). De máquinas e seres vivos: autopoiese, a organização do vivo. Porto Alegre: Artes médicas.

Naukkarinen, O. (2012). Variations on artification. Contemporary Aesthetics, Special Volume 4.

Pareyson, L. (1997). Os problemas da Estética. São Paulo: Editora Martins Fontes.

Plaza, J. (2003). Arte e interatividade: autor-obra-recepção. ARS (São Paulo), 1(2): 9-29.

Rouhan G., Gaudeul M. (2021). Plant Taxonomy: A Historical Perspective, Current Challenges, and Perspectives. In P. Besse (Ed.), Molecular Plant Taxonomy. Methods in Molecular Biology, vol. 2222, pp. 1-38. New York: Humana. https://doi.org/10.1007/978-1-0716-0997-2_1

Descargas

Publicado

2022-02-02

Cómo citar

Leote, R. (2022). Biomimética e arte: transduções com a biologia. Revista De Humanidades De Valparaíso, (18), 225–243. https://doi.org/10.22370/rhv2021iss18pp225-243

Número

Sección

Artículos-Miscelánea